A Academia Brasileira de Belas Artes foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, na noite de 20 de abril de 1948 , sob a liderança do artista, poeta, e intelectual José Venturelli Sobrinho. Compareceram à sessão de fundação, no tradicional Hotel Palace Avenida da Avenida Rio Branco, Alfredo Galvão, Leão Velloso, Quirino Campofiorito, Raul Deveza, Cadmo Fausto de Souza, Oswaldo Teixeira, Arquimedes Memoria, Manoel Santiago e tantos outros não menos célebres. Hoje, como excelsos patronos de seus assentos, somam-se Rodolfo Bernardelli, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Jean Baptiste Debret, Rodolfo Amoêdo, Oswaldo Teixeira, João Baptista Castagneto, Manoel Santiago, Alberto da Veiga Guignard, José Pancetti, Aurélio D’Alincourt, Mestre Valentim e toda uma grei de homens que tiveram o privilégio de usar como ferramentas de trabalho o pincel, a tinta, o cinzel, o martelo e a pauta.

presidentes

 

“Com brilhante inspiração, divina, eu diria, José Venturelli Sobrinho, artista, poeta e intelectual, num “insight” de luz, plantou a semente do que viria a ser a mais importante entidade artística em solo nacional!

Para isso convocou pares igualmente ilustres, intelectuais e artistas, compromissados com a ideia grandiosa da formação da Academia Brasileira de Belas Artes, e, nos salões nobres do antigo Hotel Palace Avenida onde sucediam-segrandes acontecimentos intelectuais da época, nascia a ABBA.

Na Sessão Solene de fundação e aclamado como Presidente, o General José Venturelli Sobrinho renunciou à homenagem exigindo que se procedesse uma votação secreta. Apurada a votação, verificou-se que faltou apenas um voto para elegê-lo por unanimidade. O seu voto, porque ele próprio votou em Manoel Madruga que assumiu, nessa gestão, o cargo de Vice-Presidente.

A Entidade, que foi baseada nos moldes da Academia Francesa por sugestão de Leopoldo Gotuzzo, iniciasuas sessões em 1950, quando foi reconhecida como Órgão Consultivo do Governo Federal e de utilidade Pública. Nesse momento constituiu-se o Estatuto e Regimento Interno,elegeu-seo Conselho Consultivo, o Departamento Literário, o Departamento Cultural e a primeira composição do quadro dos Acadêmicos de Grau, Acadêmicos Livres, e dos membros correspondentes.

Tomam assento na primeira vacância: Alfredo Galvão, Leão Veloso, Quirino Campofiorito, Raul Devesa, Cadmo Fausto de Souza, Oswaldo Teixeira, Arquimedes Memória, Manoel Santiago e

Tantos outros não menos célebres; hoje, como excelsos patronos desses assentos, completando-se com Cândido Portinari, Di Cavalcante, Aurélio D’Alincourt, Manoel Santiago Almeida Junior, Edgard Parreiras, Edson Motta, Gastão Formente, Bustamante Sá, Alberto da Veiga Guignard, Augusto Girardet, Henrique Sávio e João Pancetti.

Hoje, junto a outros excelsos vultos, integram as cadeiras patronímicas de nossa Entidade como Patronos, as personalidades artísticas como Rodolpho Bernardelli, Jean Baptista Debret, Rodolpho Amoedo, João Baptista Castagneto, Mestre Valentin, e tantos outros insignes e notáveis expoentes da classe artística e cultural de nosso país.”

Texto de Iracy Carise, retirado do Livro 60 anos.