E por falar em arte, onde anda o desenho…

(Last Updated On: setembro 4, 2020)

O desenho pode ser definido como uma ação humana, a partir da representação de linhas, pontos e manchas sobre algum suporte, como pedra, madeira, papel, couro e mil outras possibilidades. Se pudéssemos viajar no tempo até a idade do homem das cavernas, poderíamos ver, ao vivo e à cores, a maravilha dos desenhos inscritos nas paredes das cavernas, feitos por aquelas sociedades, com a intenção de se comunicar com o mundo, uma vez que ainda não dominavam a escrita. Essa forma de comunicação incluía inúmeros significados, desde elementos simbólicos, como os animais que caçavam, as plantas, suas emoções, seus desejos de conquista e tudo que merecia grande significado para eles.

O carvão orgânico foi o mais antigo material de desenho criado pelo homem que queimava pequenos galhos das árvores para “escrever” com ele.

Avançando no tempo chegamos à Idade Antiga e encontramos desenhos deixados pelos egípcios e pelos gregos com imagens de seu cotidiano, como rituais, práticas de caça, festejos e elementos que nos permitiram entender sua cultura e suas vitórias.Dessa forma, podemos observar que cada grupo, em seus períodos históricos, gerava seus próprios códigos de comunicação, estando o desenho diretamente ligado a todos eles, com a representação gráfica das suas vivencias e do que compreendiam daquela realidade.  Sua utilidade foi ocupando cada vez mais espaço com o passar do tempo, sendo usado não somente para atender as funções iniciais, de traçar um enredo, ou artísticas, de registrar momentos e devaneios criativos, mas também ganhou espaço inimaginável com a sua aplicação na escrita e na ciência, auxiliando o aprendizado,  na engenharia, e na tecnologia de forma geral.

As ilustrações que complementam um texto, nos livros, nos sites, anúncios e estudos científicos por exemplo, não somente dão vida ao pensamento do leitor como enriquecem a informações. Um desenho científico é capaz de destacar pontos informativos valiosos, dominando o que precisa ser mostrado e eliminando o que não interessa. Isso não se pode conseguir usando a fotografia.

Antiguidade Clássica – Desenho Egípcio

O desenho está na base de qualquer comunicação escrita, sendo uma linguagem quase individual, assim como as nossas digitais.

Hoje temos materiais variados e sofisticados sendo utilizados pelos artistas para a realização de seus desenhos, mas o lápis é ainda a principal ferramenta dessa forma de expressão, podendo ser usado para representar qualquer tema ou forma de comunicação. Apesar da sua simplicidade, o lápis possui em si a capacidade de resolver praticamente tudo em termos de expressão escrita e a sua maior aliada é a folha de papel. A dupla lápis e papel são, sem sombra de dúvida, o recurso mais criativo, mais simples e completo que pode existir como base da representação escrita.Há pessoas que têm mão firme e usam linhas únicas em sua legibilidade, buscando uma expressão mais intensa. Há aquelas que traçam linhas finas e aos poucos vão investigando seu efeito e sua expressão visual até encontrar a forma ideal para si.

É essa plenitude que faz do desenho uma linguagem fantástica e completa.

Todos sabem desenhar, é só se permitir a coragem de experimentar. A crianças desenham antes de qualquer outra experiencia gráfica. Solte sua mão e sinta o prazer de perceber o lápis correr sobre o papel. Não existe desenho certo ou errado, existe a SUA maneira de representar uma forma ou o seu sentimento. Cada um de nós tem o seu jeito especial de desenhar, de escrever sua caligrafia, de representar e se comunicar graficamente. Quanto mais você desenha, mais domina essa linguagem própria e mais você curte esse prazer de colocar o seu mundo numa simples folha de papel.

Nelson Mandela Desenho do artista Geraldo Aguiar, acadêmico da ABBA

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