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Henrique Bernardelli nasceu em Valparaíso, no Chile, em 1858 e se mudou com seus pais e irmãos – o escultor Rodolfo Bernardelli (1852-1931) e o violonista e pintor Felix Bernardelli (1862-1905) – para o Rio Grande do Sul, no Brasil, no começo da década de 1860. A família transfere-se para o Rio de Janeiro em 1867.

Em 1870 matriculou-se, juntamente com o irmão Rodolfo, na Academia Imperial de Belas Artes, estudando com pintores de destacada importância, como Victor Meireles e Agostinho José da Mota e Zeferino da Costa.

Em 1878naturalizou-sebrasileiro para poder concorrer ao Prêmio de Viagem à Europa concedido pela AIBA. Após perder o prêmio para Rodolfo Amoedo, viajou para Roma, em 1878, com recursos próprios. Em Roma, estuda e frequenta o ateliê de Domenico Morelli (1826-1901), entrando em contato com as obras de artistas como Francesco Paolo Michetti e Giovanni Segantini.Ao retornar ao Rio de Janeiro, em 1888, realiza uma série de exposições individuais como a Exposição Universal de Paris, ganhando medalha de bronze com a tela Os Bandeirantes.  Em 1890, na Exposição Geral das Belas Artes, destaca-se com obras como Dicteriade, Tarantella e Calle de Venezia, Messalina, Mater, Proclamação da República, Maternidade, Modelo em Repouso e Ao Meio Dia.

Em 1891 tornou-se professor de pintura na recém-inaugurada Escola Nacional de Belas Artes.Em 1916, conquistou uma das mais altas premiações que um artista plástico pode aspirar no Brasil: a medalha de honra. Foi também membro do Conselho Superior de Belas Artes, para o qual prestou relevantes serviços.Grande parte da obra de Henrique Bernardelli foi doada à Pinacoteca do Estado conforme mostra o seu último catálogo.

Em 1931, o Núcleo Bernardelli, em homenagem aos professores Henrique e Rodolfo, foi criado por diversos pintores insatisfeitos com o modelo de ensino da ENBA que buscavam criar um grupo voltado ao aprimoramento técnico e a reformulação do ensino artístico.

Em 1905, Henrique Bernardelli pintou o retrato a óleo oficial do escritor brasileiro Machado de Assis, transformando a obra em uma iconografia machadiana. A tela, segundo historiadores, foi uma encomenda para decorar uma sala da Academia Brasileira de Letras. Atualmente, o retrato ainda se localiza na sala da Academia Brasileira de Letras, junto com o busco de bronze de Machado de Assis, feito pelo escultor Jean Magrou.

Obras pictóricas:

Bandeirantes na Selva
Ciclo da Caça ao Índio
O Ciclo do Ouro
Pombas
Os Bandeirantes