Você sabe o que é xilogravura?

 

Quando falamos em GRAVURA, a primeira ideia que nos vem à mente é uma estampa impressa eletronicamente, daquelas usadas em calendários ou capas de caderno. Mas a arte da Gravura é bem diferente desse conceito popular.  Ela é uma arte muito antiga, trabalhosa e sobretudo extremamente prazerosa no seu processo de criação e produção.

É importante entender que gravar quer dizer marcar, com o objetivo de comunicar. Ela é uma linguagem artística diferenciada das demais, porque permite muitas reproduções, a partir de uma única matriz.

Usando-se o processo de gravação em relevo, a madeira é desenhada e entalhada usando-se pequeninas goivas, formando uma placa, como um carimbo. Essa placa recebe a tinta e é submetida à um processo de impressão, manual ou mecânico, em papel ou tecido, gerando assim a XILOGRAVURA.  Existem também gravuras, a partir de diferentes matrizes, como pedra, metal, linóleo, dentre outras.

Sua origem vem da China, lá no século V, favorecendo muito o crescimento dos livros, por auxiliar a ilustração, e floresce na Europa, sendo muito utilizada pelos artistas para produzir obras famosas, usando placas em madeira de fio ou de topo, que são diferentes formas de cortar a madeira, tornando-a mais macia ou mais resistente ao corte, o que leva a resultados visuais bem diferentes no seu efeito final.

Viviani Barrera – Xilogravura – Homeless

A XILOGRAVURA tem grande peso também no expressionismo Alemão, chegando ao Brasil no ultimo terço do século 19, pela arte de Eliseu Visconti, sendo abraçada, mais tarde, por grandes artistas que se tornaram símbolo da gravura brasileira, como Adir Botelho, Lívio Abramo, dentre tantos outros até tornar-se a maior fonte de comunicação por imagens na literatura de Cordel.

O Atelier de XILOGRAVURA da ABBA, Academia Brasileira de Belas Artes, está esperando por você.  Em ambiente descontraído, o atelier oferece aos seus integrantes mais essa a oportunidade de vivenciar a XILOGRAVURA desde o seu processo de criação, gravação e reprodução da sua arte, através dos desenhos em preto e branco, da intimidade com as texturas e dos conceitos de espaço negativo e positivo, muito utilizados nessa arte.

Adir Botelho – Xilogravura – Coleção Canudos – Acervo do Itaú Cultural

Venha, se for iniciante, para aprender criar e curtir, e se já tiver algum conhecimento nessa área, para praticar e desenvolver seu talento.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *